quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

5,4,3,2,1, e...? COP-15

Poisé, como o Pedro falou, falta menos de 24 horas pro encerramento oficial da 15ª Conferencia das Partes do CQNUMC, em Copenhagen. A essa altura do campeonato, o High level segment: 119 chefes de Estado e seus representantes, já estão na capital dinamarquesa, esperando a hora de agir. Mas o que eles fizeram mesmo, hoje, foi terminar de fazer seus belos discursos (todos iguais, diga-se de passagem) na parte cúpula do processo. Até aproximadamente 22:00 horas de hoje, eles ainda não tinham entrado nas negociações políticas-motivo pelo qual estão em Copenhagen: transformar A conferencia numa mega cúpula de líderes, onde a pitada política poderia e deveria dar a maior legitimação possivel ao resultado dessa COP.
mas, pelo visto antes de sairmos (eu e a Ana) do Bella Centre, os chefes ainda não iam colocar as mãos em documento nenhum. Isso porque, devido à falta de consenso e muitos assuntos técnicos não discutidos, os grupos de trabalho-desativados devido ao HLS- voltaram a tentar negociar, a fim de procurar entregar os documentos o mais limpos possíveis para que seus líderes apenas discutissem questões políticas.
A questão é: mesmo com uma "tarde" (TODAS as reuniões começaram atrasadas, devido a problemas na marcação das salas) toda de negociação, os diplomatas não sentiram suficiente progresso para que os documentos fossem considerados apresentáveis aos chefes de Estado. Teve até ministro africano perguntando (se bem que foi anteontem):" mas afinal, eu não tinha vindo aqui para discutir assuntos políticos? Eu não sabia que minha função também deveria ter conotações técnicas do texto!"(parágrafo X ou Y, com que linguagem, com quais palavras?).
Os negociadores, principalmente do G77 e China, por volta das 21:35, horário de CPH, insistiam que poderiam fazer grandes progressos madrugada a dentro. Não paguei para ver.
Caso eles tenham entrado na madrugada, os chefes de Estado terão, oficialmente, umas 10 ou 12 horas (e não 3 dias) para parir um futuro melhor para o meio ambiente e tentar estabilizar a mudança climática e pá.
Caso contrário, esses políticos terão que se deparar com documentos ALTAMENTE técnicos, sobre variadíssimos assuntos e, com umas 6 horas a mais, parir o mesmo outcome.

Infelizmente, tou cética quanto ao resultado dessa COP. principalmente por tudo que ela representa, da participação da sociedade civil no seu processo (que por, sinal, nem tava lá... aquilo perdeu um pouco da graça), e pela gravidade e urgência do assunto, que a qualquer momento, vai estourar. Mas como me disse um ativista hoje na porta do Cnetro de Convenções: no deal is better than a bad deal. Nada de "seal the deal" se esse não for FAB (fair, a.., binding), ou seja, se não atender às necessidades do curto, médio e longo prazo, e se não for enforçável. Eu realmente espero que um milagre seja operado nas próximas 24 (ou 36) horas, e que os líderes se reúnam com uma ideia bem século XX: salvar o mundo de uma ameaaaaça.
É, só uma força conjunta, muito doida de boa vontade pode levar à reviravolta para o nosso lindo e esperado documento de Copenhagen. Cruzem os dedos e fiquem atentos às notícias!

bjbj

Belovski
CPH
17/12/2009

Climate Change?


As ruas da Bela Copenhague amanheceram cheia de neve e os termômetros marcavam – 3º logo pela manhã. Graças a Deus, e ao corte no número de credenciais das ONGs, hoje não tinha fila para entrar no Bella Center.

Enquanto nas ruas a temperatura caiu cada vez mais, do lado de dentro do Bella Center a coisa esquentou. Hoje foram reabertos grupos de Contato e o que não faltou foi gente correndo pra cima e pra baixo, sem saber pra onde ir, em que sala se daria as reuniões de seu grupo... Encontrei um negociador brasileiro no banheiro e ele estava tão perdido quanto eu. Acho que foi surpresa para todos a reabertura dos grupos de contato em um momento em que o que se espera é a confecção de um acordo.

Ao que parece, os grupos de contato tem até as 22hs de hoje para chegarem a um acordo que possa ser submetido à apreciação do dito high level.

Bem, resta a dúvida: em um dia conseguirão fazer o que não se mostrou possível no decorrer das últimas duas semanas? O mundo espera uma resposta.

Mexerico: estava eu no trem, bem tranqüilo quando conheci um francês que trabalha como tradutor (dinamarquês-francês) para a delegação da França. Quando ficou sabendo que eu era brasileiro, deu logo com a língua nos dentes: estávamos com seu presidente LuLá agora mesmo. Talvez vcs já saibam do que eu vou dizer (vcs sabem mais pela TV do que nós que estamos aqui), mas segundo ele Sarkô e Lulá discutiram um repasse de verbas da EU para Brasil (20 bilhões de dólares) e África (100 bilhões de dólares) até 2020, quando também a EU se compromete a ter reduzido suas emissões em 30 % (número expressivo face aos 3% propostos pelos EUA).

Outro ponto é uma reunião hoje a noite, no palácio Real Dinamarquês, onde a idéia é que durante a madrugada de hoje construam-se as redes para um acordo que na melhor das hipóteses, caso ocorra, será feito às pressas.

Os entraves maiores seguem sendo EUA e China. Vamos ver o que o Queridinho do mundo nos trás amanhã.

A propósito, Obama chega amanhã e já avisaram no trem que os atrasos serão de no mínimo 20 minutos. Se hoje a neve já atrasou mais de 30 minutos os trens, imagino amanhã...Como diz mamãe, quando os gatos chegam, recolhem-se os ratos!Portanto, amanhã bem cedo parto para Madrid. Prefiro não ficar para a confusão.Infelizmente, o final da COP só pela TV.

Grande abraço,

Até a próxima!!

Pedro.

Ligeiro desabafo... Relscore no COP-15

" Sem querer dizer nada mas...o AMUN ta mais bem estruturado!"
- Pedro


Olá, Pessoal do Blog!
Peço desculpas pela demora para escrever daqui da COP15.
Fiquei de enviar ao CAREL há 2 dias algumas palavrinhas sobre o que se passa pelas bandas de cá e ainda não o fiz. Comprometi-me a enviar algo sobre a reunião plenária que acompanhava mas a reunião não saiu como esperava. Decidi escrever mesmo assim, para passar-lhes a impressão que tenho tido do evento.

Estávamos aqui no Plenário I- Tycho Brahe onde a discussão girava em torno da criação de um novo protocolo, o que significaria, em outras palavras, o abandono do Protocolo de Kyoto e suas metas, ou, por outro lado, a manutenção desse último protocolo por meio de emendas. Lá pelas tantas, começou um “ vulco-vulco” no meio do plenário que eu não estava entendendo o motivo. Muito bem, Tuvalu havia proposto a discussão de emendas ao protocolo. Na verdade, grande parte dos países do sul defendem a manutenção do protocolo. O argumento é que é o único instrumento jurídico vinculante existente no momento sobre matéria ambiental.

Não foi a proposição das emendas que causou desconforto no plenário, mas a sugestão de que essas emendas fossem discutidas informalmente. Enfim, Tuvalu subiu nas tamancas e disse que se não fosse pra tratar das coisas de maneira oficial, não via motivos para estar ali, e portanto, se retiraria!( A propósito, não sei onde foram contratados os delegados desse país, mas eles tão mandando ver!!).

O desfecho dessa história, foi digno da COP 15. A mesa pediu 10 minutos para discutir o assunto e depois de 30, pediu para mantermos o decoro e encerrou a sessão. Ok..Fomos almoçar e voltamos às 14hs, como estava previsto no Schedule. Até as 17hs, fiquei esperando pelo menos uma notícia de que não ia mais haver sessão...mas nada!ficamos lá por 3 horas sem sequer um avisinho de post it pra dizer que deveríamos ir pra uma outra reunião ou voltar pra casa. (resumindo: nem sei no que deu. No dia seguinte fui assistir palestras no Espaço Brasil).

Enfim, a parada está meio desorganizada. Sem querer dizer nada mas...o AMUN ta mais bem estruturado!rs Ontem fui pra um castelo medieval no meio do nada, quase na Suécia, numa distância e frio de enlouquecer pra uma reunião que estava agendada na programação distribuída no início do dia e chegou lá tinha que pagar 220 Euros pra entrar na sala . Ninguém avisou nada...Junto comigo voltaram mais tantos outros que caíram em mais uma das imprecisões da organização de COP 15.

PS: Neste exato momento estamos, novamente, mais de uma hora atrasados para o início da reunião plenária! Tem uma galera da Alemanha cantando: And I Say: Hey, Ye, Ye, Yehe ... Hey, Ye ye, I said Hey, What’s going on!! (Ops, Polícia no local. Droga…Please don’t stop the Music=p). Já que não temos nem música nem sessão, vou ouvir a música no Youtube. Quem quiser me fazer companhia: http://www.youtube.com/watch?v=k0l4TofljsU.
Forte abraço e até a próxima.

Pedro

Pedro Henrique Silve Pereira, 5º semestre de Relações Internacionais (Relscore) da UnB,
integrante da delegação brasileira à COP-15. a convite da

Coordenadoria de Comunicação, escreve para Carel.log.

Relmadrid 5:3 Relssaca. Grande Final do COPA-REL


Apesar da animação da torcida, Relssaca não pôde vencer a Relmadrid, que também contava com uma torcida entusiasmada.

O final foi de 5 a 3, no jogo realizado na noite do dia 8 de dezembro de 2009, no campo em frente do Banco Real, Campus Universitário Darcy Ribeiro.












Fotógrafa: Teresa Bosco

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

High Level Meeting parte 1


1:30 da manhã do dia 16/12 em copenhagen. as negociações do Long term Cooperative Actions ainda não começou. Estava marcado para as 19:00.
Hoje começou o segmento de alto nível da reunião (foi a abertura). essa eh a parte em que os ministros, ou os chefes de estado se reúnem para decidirem politicamente os drafts que foram feitos tecnicamente pelos esforços dos negociadores.

Foi mara (vi o Ban Ki Moon), mas as coisas não estão no pe que deviam estar. Pelas negociações do Dia 14 e pelo que foi avançado ontem (15), não sei como vamos ter documentos prontos para os líderes. Apesar das palavras fortes (como as do SG e a da presidente da COP15), o risco de fracasso é muito grande. Porém, é bom que todos lembrem que os olhos de muitas populações estão voltados para cá, esperando que os líderes tenham noção e prezem pelo futuro de suas populações, as quais representam. De acordo com o SG da ONU, pode-se negociar com pessoas, mas não com o clima.
A despeito da urgência dos trabalhos, quando saí, havia uma plenária atrasada há algumas horas. Até onde eu sabia (do Henrique), ela ainda não havia começado.
Com esse tipo de dinâmica, temos que prestar bastante atenção nos passos tomados pelos nossos representantes aqui na COP nesses dias finais. Não é bom que nada passe desapercebido. Temos que saber o que que tá acontecendo, para que eles tenham que prestar a accountability dos atos que cometem (ou deixam de fazer) com o poder que damos par eles né? Então, vamos ver o que que acontece com o clima, na mão dos líderes políticos do mundo (ai, meu Deus!).
No mais, o Bella center tá cada dia mais inchado, a despeito de todas as restrições e diminuição da entrada de ONGS. tds os delegados que tavam batendo cabelo na Europa resolveram aparecer hoje, só pode!(Tá, gente, desculpa ser tão chata...)
1:47, a reunião ainda não começou

Belovski
madrugada dia 15-16/12/09

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

E o circo pega fogo. COP-15 nº dia - depois de sessões interrompidas e sessões fechadas


Poisé. Hoje seria um dia para a COP15 funcionar muito bem e dizer pra que veio. Ministros chegando em Copenhagen e drafts que deviam estar prontos, "no ponto" pra serem entregues para as negociações políticas. A agenda preliminar estava repleta de grupos de contato para a finalização dos drafts nas várias áreas cobertas pelo mandato da CQNUMC.
Mas, depois de passar 45 minutos na fila gelada para entrar na conferencia, não foi isso que a gente viu. Quase (praticamente TODAS mesmo) reuniões haviam sido canceladas/adiadas indefinidamente. Porque os países africanos resolveram fazer uma "consulta aos seus governos" no que tangia os assuntos do LCA (long term cooperative action). ou seja: travaram todas as negociações do dia/deixaram o G77 sem ter o que fazer hoje. A pergunta era: como é que esse grupo vai falar com um continente inteiro parado?
aí, o que que aconteceu? a presidente resolveu fazer uma consulta informal na plenária, que simplesmente LOTOU. demonstrou querer envolver ministros já presentes na conferencia em negociações, coisas que soh deveriam acontecer no high level meeting. isso deu bastante confusão, porque como naum havia nenhuma sinalização nesse sentido anteriormente, alguns países se sentiram lesados.
O problema da consulta era: como assim trazer ministros que acidentalmente já chegaram para discutir questões técnicas e guiar os negociadores? e os que não estão aqui? perdem a oportunidade? e a transparencia do processo? isso deu pano ATÉ pro Sudão dizer: desculpa, Dona Presidenta, mas a senhora está faltando com a verdade quando diz que nos consultou. Chamou a mulher de mentirosa. Foi meio barraco essa sessão. Mas aí, fazendo concessões entre lados, conseguiu-se voltar para os trabalhos, que recomeçaram às 19:30. Os que estavam previstos pra 10 da manhã. Ou seja, o caos. saí de lá às 22:00 e não parecia perto de terminar. os drafts ainda estão bem travados/com colchetes=partes que ainda não são acordadas, ou consensuais. Infelizmente, pra amanhã, ou as coisas não estarão prontas, ou vão estar caóticas, ou um milagre terá que ser operado nessa madrugada no Bella Center.
que, por sinal, nunca esteve tão cheio. Com delegações como a brasileira, que tem quase 1000 pessoas, o centro está cada vez mais um lugar para esbarrar em pessoas. Mas não por muito tempo. Por "medidas de segurança"(leia-se: não queremos ongueiros adolescentes perto dos chefes de Estado) a entrada/registro dos delegados não-governamentais está sendo restringida. Belovski diz: acho que devia mandar esses folgados do Brasil passear (não sendo eu nem meus friends, tá ótimo!).
Grifo nosso: ressaltar minha completa indignação frente aos negociadores do anexo I (leia-se os caras de pau do Japão, EUA, CAN e AUS)que ficaram enchendo o saco/travando a negociação num momento crítico para os grupos de contato. Ressalva para uma delas que via seu FACEBOOK durante a leitura de um draft. Não era simulação. Era a COP15. E a mulher no facebook. Muito feio pra ela.


desejem muita sorte e jogo de cintura para os bravos do não- AnexoI nesses dias. Hoje, apareceram sinais de um epic fail da COP15. E o ruim é: se isso acontecer, é pouco provável que admitam. Portanto, é necessário que se pense que: ou chega-se a um acordo bonito, vinculante legalmente e decente nessa COP, ou delcra-se a fal~encia dela, e pede-se um bis no meio do ano. O que não pode é dar total failure nas negociações, e os desenvolvidos fazerem de conta que foi consensualmente aceito de alargar isso até o México (COP16). Acorda, gente!

bjbjs^^
Belovski
14 de dezembro de 2009
Copenhague

sábado, 12 de dezembro de 2009

Já ouviu falar em circo pegando fogo? COP-15 5º dia

Poiseh. esse é o ultimo dia antes da semana de ministros e chefes de estado. 16:20 da tarde no Bella Center. Tdas plenárias vazias, exceto uma. Isso mesmo. td q era pra tar tendo agora (as plenárias dos corpos subsidiários) tão suspensas até, pelo menos, 5 da tarde.
Muito esquisito "nada estar acontecendo" num dia TAUM crucial para a conferencia, neh? dia de pré aprovar os drafts para a chegada dos chefes de Estado.
Poise, mas n tem nada calmo aqui naum. pelo contrário. pela manhã, as plenárias assistiram a recusa por parte dos países desenvolvidos do draft apresentado, que trazia responsabilidades legais vinculantes para países desenvolvidos, e nenhuma "binding" para os em desenvolvimento. Isso de acordo com as responsabilidades históricas.
Ao mesmo tempo, há uma manifestação DOIDA ali fora (soh ouço os gritos e nada maish me leambro), o "Flood" de pessoas por um acordo decente. No meio disso td, há uma salinha fechada, a Hans Cristian Andersen, onde 2 pessoas de cada país estão juntos no meio de uma "consulta"=negociação estrita/muito doida (O.o) pra ver comofas agora
"há algo de podre no Reino da Dinamarca."

Belovski
12 de dezembro de 2009
Copenhague

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Youth day in Copenhagen COP-15 4º dia


How old will you be in 2050? foi a pergunta do dia. Hoje, dia da juventude na Conferencia, a manhã foi cheia de manifestações, inclusive peladões fazendo protesto (ai, se essa moda pega). O motivo: os jovens ongueiros presentes na conferencia queriam chamar a atenção pros negociadores velhos caquéticos que, se o planeta esquentar mais que fatídicos 2º C nos próximos anos, o pau vai quebrar pro lado da gente que ainda vai tar vivo até lá. Essa era a dica: qual mundo vc quer deixar pros seus filhos e netos? um pior q esse?
Os jovens são um caso a parte na conferencia. Bonitos, animados e cheios de manifestações legais (tirando uns chinesinhso q se vestiram de coalas, passaros e frajolas, e ficaram parados segurando fotos de bichos de verdade, enquanto quase que sussurravam palavras de ordem), os jovens fazem a COP15 funcionar também, de certa forma. Eles, de acordo com a sua organização, tem uma informação importante, uma publicação nova em folha, ou um premio bizarro pra mostrar. Por exemplo, o fóssil do dia: http://www.youtube.com/watch?v=WYQQfZHDTNg
É o pessoal do CAN (climate action network) que, há 10 cops "premia", mt bem humoradamente as delegações que, diariamente atazanam e atrapalham as negociações. Nessas horas, dá vontade de ser ong
principalmente num dia como hoje.
parece que tudo foi desmarcado/remarcado. e claro q eu, a ana e o henrique ficamos igual baratas tontas. ATEH a reunião do g 77 foi realocada. teve as reuniões da MOP e COP, mas eu francamete naum assisti (belovski picareta)
FALANDO NISSO: a china ontem, no meio da plenária da cop, resolveu descer o barraco na imagem visual da conferencia. Disse que, ao ter só COP 15, e naum mencionar MOP(CMP) 5, tava tentando matar o protocolo de kioto, como se só existisse o UNFCCC. que isso td era uma jogada escusa e má e papapa, papapa. Resultado: hoje, nas plenárias, jah tinha adesivos: CMP5, embaixo de COP15. esses chineses barraqueiros...
no mais, os grupos de contato/trabalho jah começaram a trabalhar em drafts. Desculpa, mas é meio caótico acompanhar aquilo pq, apesar de ser a parte mais importante (fikdik q eh construir o documento), eh muuuito tecnico, e as pessoas ficam discutindo QUAL palavra colocar, se merece uma virgula, etc...

prometo ser menos picareta, e trazer mais coisas interessantes e sérias p vcs
XD

Belovski
10 de dezembro de 2009
Copenhague

Do texto vazado - COP-15 2º e 3º dia


Gente, desculpa demorar a postar, mas vida não eh bate cabelo em copenhagen

desde o dia um da conferencia, jah estava pelo corredores essa informação... que a Dinamarca daria "o golpe" na Conferencia, apresentando um lindo texto, jah praticamente fechado, que seria apresentado como o texto final e negociado da COP15. reza a lenda que isso é coisa da Chair + o PM da Dinamarca.
[pausa pra ver q q os jornais disseram sobre isso]

a questão é óbvia: um draft TÃO completo daqueles, no primeiro dia, depois de vazado, deixa todos os países com cara de "vcs tão me fazendo de idiotas". E a reação foi bem imediata popr parte dos países G77 e mesmo as ilhas! Se bem que, se vcs olharem os webcasts, vão perceber que todos estaum sendo bem enfaticos desde o começo sobre a questão do legally binding science based agreement. As ilhas, por exemplo, na plenária da COP botaram MUITA pressão. uma falando atrás da outra, depois que Tuvalu começou a falar. QQ a aliança dos estados de pequenas ilhas querem? o óbvio: que a água naum engula seus países. Pra isso, a mudança climática tem q ser revertida A S A P. daí, q q aconteceu: Tuvalu propôs que fosse feito um acordo legally binding em que toooooodos os países estivessem envolvidos com algum tipo de meta de redução. Um protocolo de Copenhagen. Para a discussão dos termos e características desse possivel documento, ele pediu, na plenária da segunda sessão da cop, que fosse feito um grupo de contato (gt temático) pára discutir o assunto. Muito obviamente, muitos países discordaram (a venezuela disse q naum dah pq a delegação é pequena... realmente naum tem nada a ver com o petroleo deles). Como na Conferencia é tudo por unanimidade (a despeito da proposta de 3/4 de Papua Nova Guiné na primeira plenária), virou um fuzuê, pq nngm concordava em nada. o delegado de Tuvalu, então "mandou" a peresidente da mesa suspender a sessão.
isso causou uma confusão na cop toda, pq os ongueiros adoraaaaram a posição de tuvalu, e botaram o circo pra pegar fogo, com direito a manifestação em frente da proxima sessão da cop (não do prédio, da SESSÃO) e Tuvalu virou a conversa do dia, com direito a primeiro lugar como "raio do dia"= o contrário de "fóssil do dia"

eu particularmente não acho essa ideia de tuvalu maravilhosa nem revolucionária. Td que descambe em um protocolo de copenhagen (como, por exemplo, a picaretagem da dinamarca), coloca Kyoto em segundo plano E coloca em risco todos os princípios estipulados por ele. Confesso que eu devia tar na conferencia agora, mas dormi DEMAIS.

bjbj
ps: desculpem se eu estiver sendo superficial... eu só estou lá dentro olhando coisas e tentando descobrir o mais importante... não to lendo jornal... =B

Belovski,
10 de dezembro de 2009
Copenhague

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

REL em Copenhagen- Blog diário

Nesse momento, 3 alunos de Relações Internacionais estão na Dinamarca acompanhando os desenvolvimentos da COP15, a maior conferência multilateral da década. O CAREL gostaria de informar que Isabela Cunha (Belovski) estará escrevendo para o blog do CAREL durante o período da Conferência, e contando o que que um aluno de REL acha da COP, vista de dentro.
Esperamos a atenção de vocês

Link do blog: http://carel-log.blogspot.com

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Coordenadoria de Comunicação
CAREL - Gestão Eficiência

A saga de RELianos ahazantes na Conferência da década. COP-15 1º dia


Bem, tirando as brincadeiras sem modéstia, aqui vou eu: eu sou a Isabela REL 69, vulga Belovski (=B, a listrada da direita), e sou correspondente especial do CAREL na 15 Conferência das Partes da CQNUMC. Pra começar, quero dizer que eu não tou sozinha. há mais 2 colegas nossos aqui: o Henrique (o lindo do meio), REL69, e a Ana Cabral (Rel Society/ a linda de vermelha). Fazemos parte da diretoria da COP15 histórica do AMUN 2010 (propaganda....!)

Por causa do nosso amoooor pela simulação e o tema, conseguimos forçar e entrar na delegação brasileira. Isso resume a explicação de pq estamos na conferência, com acesso a todas as plenárias, e algumas reuniões fechadas tb.

Pra começar: delegação brasileira? tem tipo umas 700 pessoas, das quais eu acho que 450 tão fazendo compras na Europa. Mas, sem brincadeira, mta gente. (inclusive a gente). Pra onde vc vira no Bella center (centro de convenções que é venue da cop15), tem gente falando "brasileiro". Para bem (vc nunk se sente só) ou para mal (brasileiros pegando a plaquinha oficial pra tirar ft), tem mta cara tupiniquim por essas bandas.

Hoje foi basicamente a abertura de todos os trabalhos. Com direito à cerimônia de abertura com direito a um discurso bastante emocional por parte do Yvo de Boer. Tbm falaram o chefe do IPCC, e autoridades dinamarquesas em geral. Essa é a parte que tem sempre.

mas, o bom mesmo de ver o início dos trabalhos foi ver os statements feitos pelos blocos do G77+CHINA (representado pelo Sudão)e dos pequenos países insulares (representado por GRANADA). A despeito do que tem sido pavoneado pela mídia mundial e tido como verdade absoluta aqui na Dinamarca, os países em desenvolvimento querem SIM que um acordo vinculante legalmente seja produzido em Copenhagen, ao invés do tal acordo político proposto pelos EUA, pelo de Boer, etc...pro primeiro dia, as responsabilidades comuns, porém diferenciadas tavam bombando. principalmente pra gente... estudantes na delegação, mas com espírito de ongueiros!
e quaaaaantas ongs! dentro e fora da conferência. Desde greenpeace, wwf, passando pelas meninas escoteiras, até a aliança mundial do YMCA. exato. tiiiiipo isso. tá um clima bastante plural em copenhagen.

hm...os grupos de trabalho tb iniciaram-se hoje, com seus trabalhos de plenária, assim como as negociações de corredores. Por falar nisso, eu descobri que a negociadora sênior do g77 mais China é filipina, apesar de estar na delegação sudanesa. Coomfas?

O nosso grupo jah está trabalhando forte para trazer statements políticos fortes e definidos amanhã, quando da primeira oportunidade de debate sobre a questão do financiamento de tecnologias. Tomara que eu chegue a tempo pra ver (SONO nesse tempo nublado).

as expectativas são grandes e, a partir de amanhã, os desenvolvimentos tem que se acelerar (embaixador da suécia: "estamos indo no caminho certo, mas mt devagar"...), afinal, nngm quer uma COP15 bis, né?

o que tiver de bom, assim como fts internas, de uma camera caseira, eu boto amanhã!
bjbj

Belovski,
07 de dezembro de 2009
Copenhague

Fotógrafa: Kim,
Para mais fotos, visite o álbum de Henrique.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Avaliação de Professores do IREL

Caros colegas,

A pedido da Coordenadora de Graduação Maria Izabel, estamos realizando uma pesquisa para avaliar os problemas mais frequentes em relação aos programas de disciplinas e ao desempenho dos professores do IREL. Convidamos todos a responder o questionário disponível no seguinte link:

http://www.surveymonkey.com/s/K3RDQ6C

A pesquisa estará disponível até quinta-feira, dia 10 de dezembro.

Cordialmente,

sábado, 28 de novembro de 2009

Eventos – Concurso para a carreira de diplomata

O Instituto Rio Branco (IRBr) e o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB) comunicam que o candidato poderá solicitar a inscrição exclusivamente via Internet, no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2010, solicitada no período entre 15 horas do dia 10 de novembro de 2009 e 23 horas e 59 minutos do dia 13 de dezembro de 2009, horário oficial de Brasília/DF.

Mensagem original de Mundorama

Evento – Call for Papers – Brazil, an emerging power? A special issue os RBPI

The economic opening of the 1990s prepared Brazil to have an important role in the international system. At the 21st century, the country took out from poverty about twenty million citizens, promoted economic growth, advanced South American integration, kept traditional partnerships with the North, established coalitions with emerging countries and became a leader in several multilateral negotiations.

Revista Brasileira de Política Internacional – RBPI (http://www.scielo.br/rbpi) will publish in September 2010 a special issue organized by Amado Luiz Cervo, Professor Emeritus of the University of Brasília...

Clique em Leia Mais...



This number aims at evaluating the performance of Brazil in the international system during the two mandates of Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Thus, we welcome submissions focused on the following thematic axes: multilateral negotiations agenda, bilateral partnerships, internationalization of the economy, foreign trade, coalitions and regional blocks, energy, environment and security issues.

All submissions should be original and unpublished, must be in the range of 50,000 characters (including spaces and footnotes), must be written in English, including an abstract of less then 70 words [and 3 key-words in English]. Follow the Chicago System (author, date), in accordance with the examples below:

For articles:
CERVO, Amado Luiz (2003). Política exterior e relações internacionais do Brasil: enfoque paradigmático. Revista Brasileira de Política Internacional, Vol. 46, Nº 1, p. 5-25.

For books:
SARAIVA, José Flávio S. , Ed. (2003). Foreign Policy and Political Regime. Brasília: IBRI, 364 p.

For documents on the internet:
PROCÓPIO, Argemiro (2007). A hidropolítica e a internacionalização amazônica, published at Mundorama.net [http://mundorama.net/2007/09/13/a-hidropolitica-e-a-internacionalizacao-amazonica/]. Available on: 18/04/2009.

All contributions will be submitted to blind peer review. Submissions to this special issue should be send to brazilunderlula@ibri-rbpi.org untill 30th of June 2010.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Palestra "Dinâmicas Atuais no Oriente Médio: Desconstruindo Mitos"

Caros alunos, funcionários e professores do Instituto de Relações Internacionais,


É com grande satisfação que o Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CAREL) da Universidade de Brasília, em iniciativa conjunta com o Prof. Dr. Fúlvio Eduardo Fonseca, convida a comunidade acadêmica para a palestra:


Dinâmicas Atuais no Oriente Médio: Desconstruindo Mitos

Palestrante: Profa. Dra. Juliana Johann

Data: 27 de novembro de 2009, sexta-feira, às 16 horas

Local: Auditório Joaquim Nabuco, Prédio da FACE (FA), Campus Darcy Ribeiro, Universidade de Brasília.




Juliana Johann atualmente é uma das maiores especialistas em Oriente Médio no Brasil. Foi conselheira para assuntos internacionais da presidência do Palestine Monitor, porta-voz de uma rede de 97 ONG´s palestinas, sediada em Ramallah, na Palestina Ocupada, onde residiu por 4 anos. Na Palestina, também assessorou um candidato nas eleições presidenciais e atuou como observadora internacional de monitoramento eleitoral em eleições nacionais presidenciais e legislativas. Além disso, participou como delegada observadora na 62ª Sessão Anual da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra. Sua vasto currículo na área inclui experiências no ACNUR, na Suíça, na ONG ACSUR las Segóvias, e no Iraqi Refugee Aid Council, na Grã-Bretanha.



Seu currículo Lattes pode ser acessado através do link abaixo:

http://buscatextual .cnpq.br/ buscatextual/ visualizacv. jsp?id=K4763476D 8


Contamos com a participação de todos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Professores do Irel reivindicam mais espaço

Colegiado do instituto se reuniu com o reitor e decanos para apresentar demandas da unidade
Juliana Braga - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Marcelo Camargo/UnB Agência

Professores do Instituto de Relações Internacionais querem mais espaço para atividades acadêmicas e administrativas. O colegiado do Irel conversou sobre o assunto com o reitor José Geraldo de Sousa Junior e os decanos nesta terça-feira, 24 de novembro. Os docentes reclamam que faltam salas e o que espaço dedicado à área administrativa, 83m², é muito pequeno.
Para maior detalhe, clique em Leia Mais

O reitor informou que o problema será resolvido em duas frentes. A primeira será a realocação de turmas para salas que ficarão vagas com o término da construção de novos prédios. Com os edifícios da Biologia, da Química e o da Face, que receberá o curso de Contabilidade, hoje na FA, salas de aula serão liberadas para todos os departamentos da UnB.

A outra frente será a construção de prédios. Até a próxima sexta-feira, será aberta licitação para erguer dois blocos de salas de aula, semelhantes aos pavilhões, nas pontas do Minhocão. No futuro, também será construído prédio para abrigar o Irel e o Instituto de Ciência Política.

Até lá, somente a realocação da Contabilidade para o novo edifício da Face dará 500m² a mais para o Irel. Mais tarde, com o prédio próprio, o instituto terá 2.214m². O projeto está pronto e orçado em R$ 3,4 milhões.

BARULHO – Outro problema levantado pelos professores foi o barulho no Centro Acadêmico de Contabilidade, que divide parede com salas de aula da FA. “Não adianta pedir para fazerem silêncio”, desabafa a professora Norma dos Santos. Norma contou o episódio em que um aluno foi pego com uma garrafa de bebida alcoólica.

A decana de Assuntos Comunitários, Rachel Nunes, explicou não ter conhecimento desse caso específico, mas lembrou que o tema é discutido na Câmara de Assuntos Comunitários. “A política da administração é tomar medidas pedagógicas e não repressivas”, esclarece a decana.

Para resolver o problema do barulho, Rachel se comprometeu em marcar reunião com os estudantes e com a equipe do decato. “Para falar em qualidade de vida para comunidade acadêmica, precisamos trabalhar de forma integrada”, completa.

REITORIA ITINERANTE

A reunião desta terça-feira faz parte da política de gestão de criar canais de comunicação entre a administração e as unidades acadêmicas. “Esse tipo de encontro é muito importante, porque aqui está toda a equipe para diálogo direto”, reforça o reitor José Geraldo.

O colegiado saiu satisfeito com o encontro. “É a primeira vez que vejo essa disposição e essa preocupação com o diálogo em uma administração dessa universidade”, disse a professora Maria Helena Santos.

Texto original por UnB Agência

sábado, 21 de novembro de 2009

Apresentação de Danças Folclóricas Chinesas

Realizado no dia 19 de novembro, quinta-feira, por Instituto Confúcio da UnBe Instituo de Comunicação de Hebei, o Amostra de Danças Folclóricas Chinesas atraiu cerca de 500 espectadores, durante a noite chuvosa.

Composto por 11 números inéditos, o Centro Comunitário da UnB recebeu uma equipe de 22 artistas e técnicos do Instituto de Comunicação de Hebei - China. O espetáculo ganhou aplausos de diplomatas, autoridades e estudantes de Brasília

mais fotos e vídeos visite: http://picasaweb.google.com.br/carrelunb/DancasChinesas_19112009#


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Greve! Terça-feira, 24 de novembro de 2009


Professores marcam greve para terça-feira

Decisão pretende pressionar o governo a pagar a URP para todos os docentes, mas pode impedir a conclusão do semestre letivo
- Da Secretaria de Comunicação da UnB


Os professores da Universidade de Brasília decidiram entrar em greve geral a partir da próxima terça-feira. A decisão, deliberada em reunião na manhã desta quinta-feira por 105 votos a favor e uma abstenção, tem o objetivo de paralisar a UnB como forma de pressionar o Ministério do Planejamento a pagar a URP a todos os docentes. O ato de protesto pode impedir a conclusão do semestre letivo. Um dos itens aprovados na reunião pede que as notas finais dos alunos não sejam lançadas.




“Só estamos recebendo a URP por causa das ameaças dos indicativos de greve, desde setembro. Mas todo mês, apesar das promessas de solução, a história se repete. Chegou a hora de fazermos uma grande mobilização para afastar de vez a ameaça de corte em nossos salários”, declarou o professor do Departamento de Filosofia e membro do Conselho de Representantes da Associação dos Docentes da UnB (Adunb), Rodrigo Dantas.

Outra assembleia será realizada na terça para deflagrar a greve. "Não é para fircarmos em casa, vamos passar nos departamentos para conversar com professores e estudantes e explicar que aceitar o corte é decretar a morte do ensino de qualidade", afirmou Flávio Botelho, presidente da AdunB. Unir as três categorias numa greve geral é a meta da associação, que se reúne às 17h com representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e do Sindiicato dos Servidores da UnB (Sintfub).

Entre os sete itens votados na assembléia, que lotou o auditório da Engenharia Civil, na Faculdade de Tecnologia, está a decisão de não entregar as notas finais dos estudantes. "É o meio que temos de parar a universidade e pressionar o Ministério do Planejamento. E temos que fazer isso agora, pois em janeiro e fevereiro a UnB vai estar vazia e nós vamos perder o poder de mobilização", argumentou Rodrigo Dantas. Na segunda-feira, haverão reuniões em todos os campi.

ISONOMIA - Durante a assembléia, Flávio Botelho frisou que o posicionamento da administração é favorável ao pagamento da URP. "O reitor já se manifestou pela isonomia (garantia dos mesmos benefícios a todos os professores). Não há como acharmos um culpado. A situação é complexa", afirmou. Na última segunda-feira, a Secretaria de Recursos Humanos divulgou nota oficial sobre as dificuldades no pagamento da URP para 503 professores e funcionários contratados a partir de outubro de 2008.

Textos: UnB Agência.
Ilustração: Pompeii the last day

Mahmoud Ahmadinejad no IESB, segunda-feira, 23/nov/2009, às 18h


Debate com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, estará no IESB da 613/614 sul, na próxima segunda-feira, dia 23/11, às 18 horas, para debater suas ideias com a população de Brasília.

Ahmadinejad estará aberto a perguntas de temas que vêm provocando polêmica na comunidade internacional como a inexistência do holocausto, o domínio da tecnologia nuclear e a perseguição religiosa.

A entrada é gratuita.


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- Para maior detalhe da visita do Dr. Ahmadinejad, segue link a notícia de G1:

Visita de Ahmadinejad terá comitiva de 280 autoridades iranianas.

Texto copiado de BrasíliaWeb, questões autorais favor entrar em contato com o CAREL.log

Foto: uso sob termos de licença de GNU Free Documentation License. link original em Wikipedia.org

sábado, 14 de novembro de 2009

Concepts, Histories and Theories of International Relations for the 21th Century: Regional and National Approaches


Novo livro da edição do Prof. Dr. José Flávio Sombra Saraiva “Concepts, Histories and Theories of International Relations for the 21th Century: Regional and National Approaches” foi publicado em 2009, pelo Instituto Brasileiro de Relações Internacionais.

No dia 10 de novembro, foi realizado Seminário de apresentação da obra “Concepts, Histories and Theories of International Relations for the 21th Century: Regional and National Approaches” por Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília - IREL-UnB e Instituo Brasileiro de Relações Internacionais - IBRI

No dia 13 de novembro, Lançamento do Livro e sessão de autógrafos, em torno de coquetel, no Restaurante Carpe Diem,

ACESSO AO LIVRO: O livro poderá ser adquirido na Secretaria da Pós-Graduação em RI, IREL, com Odalva ou Gustavo, no valor de R$50,00.

Clique em Leia Mais... para maior detalhe dos Eventos e para o sumário do livro.



Programação do Seminário

PRIMEIRA SESSÃO: 14 – 15 horas

Novas teorias, historiografias e conceitos para as Relações Internacionais do século 21
§ Presidência: Prof. Ana Flávia Barros-Platiau (Diretora da Assessoria de Assuntos Internacionais - Reitoria UnB e Professora de Relações Internacionais da UnB)

§ Dois comentários:
§ Prof. Dr. José Flávio Sombra Saraiva (O sentido da obra)
§ Prof. Dr. Amado Luiz Cervo (Conceitos em RI)

§ Comentaristas:
§ Prof. Dr. Antonio Carlos Lessa, UnB e IBRI (A dimensão institucional da pesquisa em história das RI e o Programa Renato Archer)
§ Profa. Dra. Cristina Inoue, UnB (A teoria e a história em RI juntas na UnB)

SEGUNDA SESSÃO: 15 – 16 horas


Olhares de condor sobre a obra em lançamento
§ Presidência: Prof. Dr. Carlos Eduardo Vidigal, UnB e diretor do IBRI


§ Exposição em torno da obra: Profa. Dra. Tânia Pechir G. Manzur, UCB e IBRI (Conceitos, teoria e novas propostas pedagógicas para o ensino de RI: a importância da obra organizada por Sombra Saraiva)


§ Comentários:


§ Profa. Dra. Julie Schmied, UnB (Comentário abrangente à obra)
§ Profa. Dra. Ana Flávia Platiau UnB, diretora da Assessoria de Assuntos Internacionais, Reitoria (Comentário ao capítulo do Prof. Zorgbibe)
§ Prof. Dr. Antonio Jorge Ramalho, UnB e IBRI (Comentário abrangente à obra)
Sumário do livro Concepts, Histories and Theories of International Relations for the 21th Century: Regional and National Approaches

§ Acknowledgment


§ Introduction: Alternative Views to International Relations for the Beginning of the 21st Century, por José Flávio Sombra Saraiva

§ Are There Regional and National Conceptual Approaches to International Relations?, por José Flávio Sombra Saraiva

§ Concepts of International Relations, por Amado Luiz Cervo

§ Is There a British or American Approach to International Relations?, por Christopher Coker

§ Le monde arabe, la theorie et la pratique des relations internationales, por Zidane Zeraoui

§ Africa, Asia and Latin America’s Concepts to International Relations, por Gladys Lechini

§ Latin American Concepts and Theories and Their Impacts to Foreign Policies, por Raul Bernal-Meza

§ Mexico: Constant Priorities, Variable Theoretical Approaches to International Relations, por Jorge Schiavon

§ Peripheric Realism: An Argentine Building-Theory Experience, por Carlos Escudé

§ Conclusion: Nouveau bilan, nouvelle perspective, por José Flávio Sombra Saraiva

§ Apendix – Une contribution europeene pour la theorie et pour la pratique des relations internationales

§ Vers un nouveau droit de la securité internationale?, por Charles Zorgbibe

Texto adaptado de http://www.politicaexterna.com/archives/6637

Seminário “Além do Muro – 20 Anos da Queda do Muro de Berlim”

- Foi realizado no dia 12 de novembro de 2009, por Departamento de História da UnB e a Embaixada da República Federal da Alemanha e o Goethe-Zentrum Brasília o Seminário “Além do Muro – 20 Anos da Queda do Muro de Berlim”, no Auditório da Reitoria da UnB

Click em Leia Mais... para a programação completa.

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Programa:

8.30 – Abertura

9.00 – Documentário: A Queda do Muro de Berlim

9.30 – Palestra do Prof. Dr. Edgar Wolfrum (Universidade de Heidelberg):

  • Dois eventos que marcaram a época: Construção (1961) e Queda do Muro de Berlim (1989)
  • Comentários: Estevão Martins e Wolfgang Döpcke (UnB)

14.30 – Mesa Redonda I: Muros simbólicos e reais

  • Hartmut Günther (UnB): (I)mobilidade e (des)apego: Reflexões sobre um muro
  • Gustavo Lins Ribeiro (UnB): A queda de todos os muros

16.30 – Mesa redonda II: O mundo após a queda

  • Paulo Roberto Almeida (MRE): Um outro mundo possível: Alternativas históricas, antes e depois do muro de Berlim
  • Virgílio Caixeta Arraes (UnB): Estados Unidos: da liderança eufórica à crise de confiança (1989-2009)
Para ler mais comentários do Professor alemão Edgar, segue o link: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=2612


Texto adaptado do informe de IREL, postado em 11 de novembro de 2009.

Projeto Biblioteca do CAREL

Caríssimos colegas,

O Centro Acadêmico de Relações Internacionais tem o prazer de anunciar lançamento do projeto Biblioteca do CAREL. O projeto tem o objetivo de angariar doações de maneira a construir um pequeno acervo, diversificado e acessível, à disposição de qualquer interessado.

A atual gestão percebeu, após a organização de alguns materiais deixados espontaneamente no CAREL, que houve um positivo reaproveitamento de livros e textos xerocados de matérias centrais ao curso, como TRI 1 e EPI 1. Resolvemos estimular este processo, institucionalizando-o.

Acreditamos que essa iniciativa possibilitará não somente uma economia de gastos em xerox, como também facilitará a socialização do conhecimento e o incentivo ao reaproveitamento sustentável de papel.

Pedimos àqueles que possuam livros, periódicos ou textos xerocados que não estejam sendo utilizados, que o disponibilizem para o projeto! Seguem abaixo algumas regras básicas.

Regras – Doação

I. Aceita-se a doação de:
1. Quaisquer livros;
2. Revistas ou periódicos relacionados à área de Relações Internacionais;
3. Textos xerocados de quaisquer matérias, desde que estejam em bom estado, completos e com a identificação da matéria;

II. A doação poderá ser feita:

1. Para qualquer membro da Coordenadoria Acadêmica;
Maíra Carvalho, 4º semestre
Luiza Nakamura, 4º semestre
João Augusto, 4º semestre
Corina Nassif, 2º semestre
2. Através de depósitos na caixa da Biblioteca do CAREL.

Regras - Empréstimo

1. Pegou um livro, devolva. Contamos com o seu bom senso;
2. Preze pela boa conservação do material;


A caixa de doações estará disponível no Centro Acadêmico a partir do dia 23 de novembro, segunda-feira.

Atenciosamente
--
Coordenadoria Acadêmica
CAREL – Gestão Eficiência

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sofá novo no CAREL!



Novo sofá no CAREL!
Dois Sofá-camas, por 1500R$ comprados
por Coordenadoria geral e Coordenadoria Administrativa,
no Shopping D.

Que você achou do sofá?
Comentam!





PS: resultado do primeiro enquete de CAREL.log:

Na sua opinião, qual(is) seria(m) o foco do CAREL?

Festas e demais Confraternizações (PDS!)
7 (28%)
Eventos Acadêmicos (Palestras!)
19 (76%)
Manutenção do Espaço Físico do CA (Sofá!)
15 (60%)
Representação Estudantil (Ocupa!)
9 (36%)

Votos até o momento: 25
Enquete encerrada

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Palestra do Ministro de Defesa Nacional do Portugal


- Foi conferida no dia 11 de setembro de 2009 às 11 horas no Salão de Atos da Reitoria, UnB, uma palestra do Ministro de Defesa Nacional Nuno Teixeira, com tema "Defesa na União Européia." Com a presença de alunos, professores e autoridades no local. Ministro Nuno expôs historicamente os dobramentos da Segurança Coletiva da Europa, na gradual integração regional.-

fotógrafo: Yu, CC - CAREL

Nuno Severiano Teixeira
Dados Pessoais
Nascido em 5 de Novembro de 1957, na Guiné-Bissau
Habilitações Académicas
* Agregado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (2005)
* Doutorado em História das Relações Internacionais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença (1994)
* Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1981)
Cargos Académicos
* Director do Instituto Português de Relações Internacionais- Universidade Nova de Lisboa, IPRI-UNL (2003 a 2006)
* Professor no Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (desde 1999)
* Visiting Fellow no Centro de Estudos Europeus da Universidade Califórnia, Berkeley (2003)
* Visiting Professor do Departamento de Government da Universidade Georgetown (2000)
* Investigador do Instituto Universitário Europeu de Florença (1989 a 1992)
Cargos Públicos
* Director do Instituto da Defesa Nacional (1996 a 2000)
Cargos governamentais exercidos
* Desde 03.07.2006
Ministro da Defesa Nacional do XVII Governo Constitucional
* De 14.09.2000 até 06.04.2002
Ministro da Administração Interna do XIV Governo Constitucional

Autor de:
* «Portugal e a Integração Europeia 1945-1986», Círculo de Leitores, Lisboa, 2007 (em colaboração com António Costa Pinto)
* «A Europa do Sul e a Construção da União Europeia», Imprensa de Ciências Sociais, Lisboa, 2005 (em colaboração com António Costa Pinto)
* Coordenador da «Nova História Militar de Portugal», 5 volumes, Círculo de Leitores, Lisboa, 2003
* «Soutthern Europe and the Making of the European Union», Columbia University Press, New York, 2002 (em colaboração com António Costa Pinto)
* «A Primeira República Portuguesa. Entre o Liberalismo e o Autoritarismo» , Edições Colibri, Lisboa, 2000
* «Portugal e a Guerra - História das intervenções militares portuguesas nos grandes conflitos mundiais do século XX», Edições Colibri, Lisboa, 1999
* «L'Entrée du Portugal dans la Grande Guerre. Objectifs Nationaux et Stratégies Politiques», Economica, Paris, 1998
* «O Poder e a Guerra. Objectivos nacionais e estratégias políticas na entrada de Portugal na Grande Guerra 1914-1918», Editorial Estampa, Lisboa, 1996
* «O Ultimatum Inglês. Política Externa e Política Interna no Portugal de 1890» Edições Alfa, Lisboa, 1990
foto: Ministério de Defesa de Portugal

FoCORI- Primeiro Fórum Centro-Oeste de Relações Internacionais


- Concluiu o primeiro Fórum Centro-Oeste de Relações Internacionais, realizado durante os dias 05, 06 e 07 de setembro, na Faculdade de Saúde - UnB.

O Evento uniu cerca de 250 professores e alunos de todo o Brasil. Debates, Mesas-Redondas, Mini-cursos etc animaram o público.

O Fórum Centro-Oeste de Relações Internacionais (FoCO RI) propõe-se a ser um novo espaço de fomento à pesquisa acadêmica em Relações Internacionais. A iniciativa procura criar um novo espaço que aproxime profissionais – praticantes, pesquisadores e professores da área – dos estudantes de graduação e pós-graduação. Assim, o FoCO RI almeja servir também como referência para o debate das relações internacionais contemporâneas sob o ângulo da pesquisa.

O evento intenta promover a aproximação entre os diversos centros de estudo na área de Relações Internacionais, além de incentivar o fortalecimento de uma cultura de debate, cooperação e produção acadêmica conjunta entre os estudantes de graduação e pós-graduação de Relações Internacionais de todos estes centros. Busca também estabelecer um espaço capaz de estimular discussões que possam contribuir para o ensino, a pesquisa e a prática profissional na área de relações internacionais no país.

Com a finalidade de alcançar os objetivos propostos, o evento contará com os seguintes trabalhos: mesas redondas, mini-curso e cine-debate durante os quais serão debatidas e apresentadas as várias fontes, técnicas e áreas de pesquisa em Relações Internacionais, com ênfase aos seguintes temas: Filosofia da Ciência, América do Sul, Estados Unidos e Segurança Internacional e BRICS.

A comissão organizadora é composta por estudantes universitários e conta também com a cooperação de professores e de instituições como o Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília e o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais do Ministério das Relações Exteriores. Faz-se importante ressaltar que, por ser um Fórum, o evento pretende realizar-se anualmente e deverá divulgar gratuitamente por meio eletrônico os principais produtos do evento.

vejam as fotos: http://picasaweb.google.com.br/carrelunb/FoCORI#

Fotógrafo: Yu, Coordenadoria de Comunicação - CAREL

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Badie critica ONU e União Europeia

Bertrand Badie propõe novo modelo para os órgãos internacionais e sugere novo olhar sobre problemas como a fome e a malária.
Marcelo Brandt/UnB Agência
Número de vítimas da fome no mundo é uma evidência da incapacidade da ONU, diz Bertrand

Joana Wightman - Da Secretaria de Comunicação da UnB- -

- O mundo globalizado ainda não conseguiu acabar com a fome e a miséria. Para o professor de Ciência Política e chefe do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Science Po de Paris, Bertrand Badie, é preciso reinventar o modelo de entidades internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU).

“O formato desses órgãos é ineficiente. A fome mata 2,8 mil pessoas a cada três horas, o que equivale ao mesmo número de mortes dos atentados do World Trade Center. Essa é uma evidência que a ONU é incapaz de resolver esse problema e mediar conflitos mundiais”, destaca. Bertrand também critica o modelo de integração regional, como a União Europeia.

Para o professor, a comprovação da ineficácia é a incapacidade dos países do bloco conterem o avanço da crise econômica mundial. “Está desajustado pela falta de integração. O formato não é o mais apropriado e pede uma inovação. Na teoria é perfeito, mas na prática não funciona”, reflete.
Marcelo Brandt/UnB Agência
Badie: precisamos de novos atores e novas representações internacionais


Bertrand Badie ministra a palestra O olhar francês nas relações internacionais nesta quarta-feira, 2 de setembro, na Universidade de Brasília. Ele Badie acredita que os intelectuais do Brasil e da França estão preparados para discutir novas ideias e soluções para os dois maiores desafios da era da globalização: a segurança alimentar e a saúde humana. “A população morre não é pela bomba que o Irã está desenvolvendo, e sim pela fome e por doenças. A malária, por exemplo, mata mais de 2 milhões de pessoas por ano”, aponta.

Ele avalia que, no “novo mundo”, não há mais polarização e os problemas passam a ser comuns. No entanto, a mudança ainda está em curso e se baseia na autonomia das nações. “Cada país joga o seu próprio jogo. Vivemos uma fase em que precisamos de novos atores e novas representações internacionais para diminuir a discrepância gerada pela bipolaridade”, observa.

A fome e a miséria dos países africanos, diz ele, passam a afetar as nações como um todo. “O problema é nosso. Temos que inventar novas práticas de relações com os países africanos e asiáticos.” Bertrand Badie acrescenta que o papel dos intelectuais, estudantes e pesquisadores é popularizar a visão sobre as mudanças e chamar os cidadãos para o debate sobre uma nova comunidade global.

SERVIÇO

Palestra com Bertrand Badie, professor da Universidade Science Po de Paris
Tema: O olhar francês nas relações internacionais
Data e horário: 2/9 (quarta-feira), às 10h
Local: Auditório Joaquim Nabuco, FA, campus do Plano Piloto

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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Doutor Honoris Causa Immanuel Wallerstein

Marcelo Brandt/UnB Agência

UnB homenageia Immanuel Wallerstein

Sociólogo estadunidense participa de colóquio organizado pelo Instituto de Ciência Política e recebe título de Doutor Honoris Causa
Maiesse Gramacho - Da Secretaria de Comunicação da UnB



A homenagem foi concedida pela contribuição do pesquisador ao pensamento político e econômico internacional – há 35 anos, Wallerstein lançou o livro O sistema mundial moderno e abriu uma nova perspectiva de análise para as ciências sociais. Suas ideias foram fundamentais para o surgimento da Teoria do Sistema-Mundo, que privilegia a avaliação da realidade mundial como um complexo sistema de trocas econômicas.

“Estamos homenageando uma pessoa que deu imensa contribuição para o desenvolvimento das ciências sociais na segunda metade do século XX e que ainda terá desdobramentos no século XXI”, afirmou o professor Antonio José Escobar Brussi, coordenador do III Colóquio sobre Economia Política do Sistema-Mundo, em que Wallerstein foi o convidado de honra. O encontro começou na quarta-feira, 26, e foi concluído na tarde de hoje, com a homenagem.

A solenidade de concessão do título de Doutor Honoris Causa foi conduzida pelo reitor José Geraldo de Sousa Jr., e lotou o Auditório Dois Candangos de professores, alunos e admiradores do professor estadunidense. Falando em português, Wallerstein agradeceu a honraria. O sociólogo disse, ainda, que o Brasil tem grande importância para o sistema mundial. “E possui uma comunidade intelectual e universitária muito positiva, reativa e influente”, elogiou.

Antes de receber a homenagem, Wallerstein falou com exclusividade à UnB Agência e revelou estar “feliz por passar a fazer parte da ‘família’ da Universidade de Brasília”.

Isabela Lyrio/UnB Agência
Wallerstein: "Crise ainda vai continuar por longo tempo"

UnB Agência – Que balanço faz do III Colóquio sobre Economia Política do Sistema-Mundo, realizado pelo Instituto de Ciência Política?
Immanuel Wallerstein –
O encontro foi muito interessante porque permitiu uma discussão ativa, com comentários pertinentes sobre a importância e as limitações da perspectiva de sistemas-mundo. Por isso, penso que o encontro foi um êxito.

UnB Agência – No contexto mundial de crise econômica, como o senhor observa a atuação brasileira para enfrentar o problema?
Wallerstein –
A crise é um tópico enorme, e não teria como responder brevemente. Eu diria que o Brasil, como certos países – China e Índia, por exemplo – vive a crise com menos dificuldades que os Estados Unidos, a Europa Ocidental e, evidentemente, os países mais pobres do mundo. Mas, mesmo assim, a crise é generalizada. E se um país ou outro a vive mais ou menos intensamente, é menos importante que as consequências para o sistema total. Para o sistema total, a crise vai continuar ainda por um longo tempo.

UnB Agência – Por que o senhor diz que países como Brasil e China enfrentam a crise com menos dificuldades que outros?
Wallerstein –
Isso é medido por fatores muito simples. O grau de desemprego é o critério mais importante nessa questão, porque o sofrimento, a insatisfação do povo determina a estabilidade dos governos. E quando há uma situação em que os governos têm menos ingressos e mais despesas, a diferença entre essas duas cifras também compromete sua estabilidade. Por isso, eu diria que o Brasil, até o momento, sofre menos que certos países.

UnB Agência – O senhor rejeita a expressão “terceiro mundo”, e prefere uma divisão entre centro, semiperiferia e periferia. Por quê?
Wallerstein –
Quanto à expressão “terceiro mundo”, não é que eu seja contra. Mas esse foi um conceito da Guerra Fria para determinar os países que rechaçavam a polarização entre Estados Unidos e a União Soviética e que insistiam na ideia de que poderiam fazer suas próprias políticas. Como hoje não há mais Guerra Fria, não há razão para utilizar essa expressão. Já as noções de “centro” e “periferia” são uma constante no mundo há séculos, por isso me parece muito útil utilizá-las. Ou, ainda, como preferem alguns, “norte” e “sul” – como referência fácil às desigualdades mundiais.

UnB Agência – Seguindo esse raciocínio, como o Brasil estaria classificado?
Wallerstein –
Na qualificação “centro”, “semiperiferia” e “periferia”, o Brasil é claramente um poder semiperiférico. Um país ascendente que, do ponto de vista econômico, ainda não está entre os países mais fortes economicamente, mas que é relativamente forte. A política brasileira, que visa fortalecer a posição do Brasil no sistema-mundo e torná-lo o líder de um bloco sul-americano, é clara. A política internacional de Lula é um êxito – ele sofisticou essa política de forma impressionante. No plano interno, entretanto, Lula fez muito menos do que prometeu e, por isso, há uma grande decepção entre seus seguidores.

UnB Agência – O Brasil poderia chegar a ser um país "centro"?
Wallerstein –
Se a economia-mundo capitalista sobreviver por mais tempo, um século, por exemplo, talvez. Mas, para mim, a economia-mundo capitalista vive um período de transição, e penso que não vai sobreviver como sistema.

UnB Agência – Sua visita à UnB também serve para que a universidade lhe conceda o título de Doutor Honoris Causa. Como recebe a homenagem?
Wallerstein –
Para mim, esse reconhecimento é muito importante e gratificante. Sinto-me feliz por passar a fazer parte da "família" da Universidade de Brasília.

Mensagem original por UnB Agência.