O Curso REL/UnB

O Curso de Bacharelado em Relações Internacionais

O Curso de Bacharelado em Relações Internacionais da UnB foi criado em 1974 e reconhecido pelo Ministério da Educação em 1976. Uma das características do curso é a multidisciplinaridade. Com efeito, o estudo das relações internacionais é hoje uma disciplina teórica e medologicamente definida e estruturada, mas isso não significa que outros campos do conhecimento correlatos, em especial a Ciência Política, a História, a Economia e o Direito, deixaram de ser importantes para o estudo das Relações Internacionais.

Essencialmente, o curso tem por propósito proporcionar ao estudante os fundamentos e os instrumentos analíticos para organizar o conhecimento sobre o meio internacional e os fenômenos a ele associados. Questões como a paz e a guerra e muitos outros temas da agenda internacional formam o objeto de estudo das Relações Internacionais tais como a integração regional, o papel das organizações internacionais, as variações nos fluxos comerciais e financeiros ou ainda a cooperação em segurança nos níveis regional e global. Além de temas tradicionais como esses, há muitas outras questões correntes e que são objeto de análise do estudioso das Relações Internacionais: a cooperação em matérias relativas ao meio-ambiente, a construção de mecanismos internacionais de proteção dos direitos humanos e o fenômeno mais geral que se convencionou chamar de globalização.

Para a obtenção do diploma de Bacharel em Relações Internacionais, exige-se o cumprimento de 186 créditos. Desse total 116 créditos referem-se a disciplinas obrigatórias que formam o eixo da formação do estudante e o restante em disciplinas optativas que cada estudante pode escolher dependendo de seus interesses temáticos. O curso tem duração aproximada de quatro anos.



Campo Profissional

Tal como ocorre com os demais cursos voltados para as humanidades e as ciências sociais, o curso de Relações Internacionais não tem caráter profissionalizante, isto é, refere-se essencialmente a um campo do conhecimento e não a um conjunto de técnicas aplicáveis a sistemas operacionais associados genericamente a profissões.

A carreira diplomática tem se constituído numa das principais áreas de interesse profissional dos egressos do Curso de Bacharelado em Relações Internacionais da UnB, mas muitos têm orientado suas carreiras profissionais em outras direções tais como a atuação em organizações internacionais, em entidades públicas não-governamentais (ONGs) ou para a atuação em outras instâncias do serviço público de uma forma geral (Ministérios, empresas públicas, órgãos do Poder Legislativo, etc.). Mesmo a empresa privada, em especial bancos e consultorias, tem absorvido considerável número de graduados em Relações Internacionais. Além disso, por se constituir basicamente num campo de estudo e não numa profissão, é muito comum o egresso do Curso interessar-se em continuar seus estudos em programas de pós-graduação no Brasil ou no exterior por meio dos quais pode aprofundar seus conhecimentos. Na verdade, na atualidade, o mundo do trabalho tem exigido, cada vez mais, o domínio de conhecimentos avançados, especialmente daqueles que se dedicam ao manejo de questões econômicas, sociais e políticas como é o caso das relações internacionais.

Cabe destacar que para o especialista em assuntos internacionais é grande a importância do domínio do português e de línguas estrangeiras, particularmente do inglês. O bom domínio de idiomas permite, de um lado, a comunicação de forma adequada e precisa e, por outro, especial-mente para o estudioso das relações internacionais, permite acompanhar os eventos internacionais bem como o acesso à maior parte da literatura corrente produzida na área. Na Universidade de Brasília, o aprendizado e o treinamento em idiomas (português, inglês e outras línguas estrangeiras modernas) é oferecido pelo Instituto de Línguas Estrangeiras. No caso do Bacharelado em Relações Internacionais, o aluno é obrigado demonstrar proficiência em inglês e em mais um idioma estrangeiro moderno por meio de exames aplicados ao longo do curso. Em resumo, pode-se dizer que, para o graduado em Relações Internacionais, o domínio da língua significa o domínio de seu instrumento de trabalho.