Luana Lleras/UnB Agência
CME recomenda paralização imediata de caldeira que funciona há mais de 30 anos
Bandejão fechado a partir desta quarta-feiraCaldeira do restaurante pode causar rompimento da tubulação. Sem ela, não é possível produzir alimentos em grande quantidade
Juliana Braga - Da Secretaria de Comunicação da UnB
O Restaurante Universitário (RU) parou de produzir alimentos desde o jantar desta terça-feira, 27 de julho. Relatório do Centro de Manutenção de Equipamentos (CME) recomendou o desligamento imediato da caldeira do RU, porque há risco de rompimento da tubulação. Com isso, o restaurante não vai servir refeições nesta quarta-feira.
Para voltar a oferecer alimentação aos alunos, a UnB terá de comprar refeições prontas, o que pode demorar de uma semana a um mês. Até que o processo seja concluído, o RU ficará fechado. As refeições serão servidas apenas para os moradores da Casa do Estudante Universitário, na própria residência.
Luana Lleras/UnB Agência
As empresas que prestam esse serviço em Brasília tem condições de começar a oferecer as refeições cinco dias depois que for feito o pedido. “Já fizemos a tomada de preços e estamos com o processo pronto. Mas precisávamos esperar esse relatório do CME para justificar a licitação e não esperávamos que ele recomendaria o desligamento imediato”, explica a decana de Assuntos Comunitários, Rachel Nunes. O parecer que justificaria a necessidade de licitar a compra de alimentos prontos foi pedido ao centro em fevereiro deste ano, mas atrasou por causa da greve.
O relatório do CME revelou que a tubulação que leva o vapor da caldeira para a cozinha do RU está corroída. A água fornecida pela Caesb deveria ser tratada para retirar o hidroclorito de sódio (usado para mater germes) e o cloreto de ferro (que ajuda a prevenir anemia), porque eles enferrujam o encanamento. Mas, em 30 anos de funcionamento da caldeira, esse tratamento nunca foi feito.
Alguns pontos da tubulação já estão tão finos que correm risco de romper a qualquer momento, o que representa risco para funcionários do restaurante. Foi essa ferrugem que causou o vazamento na tubulação que aconteceu nessa segunda-feira, 26 de julho. Com isso, o CME recomendou o desligamento imediato do aparelho. Sem a caldeira, o RU não tem o vapor necessário para esquentar as panelas nem para higienizar os pratos e talheres.
INSPEÇÃO – A caldeira passará por inspeção na quarta-feira, 28 de julho. Essa inspeção tem de ser feita periodicamente por uma empresa especializada e já estava programada para julho, quando a universidade estaria de férias, se não houvesse a greve. “Mesmo que a inspeção da empresa diga que a caldeira pode funcionar por mais uma semana, eu não posso ligar ela novamente se o parecer do CME diz que o funcionamento dela traz riscos para quem freqüenta o RU”, explica a decana Rachel Nunes.
O RU funcionava com duas caldeiras até 2003, quando uma delas quebrou. Desde 2006, o restaurante tenta licitar a compra de duas novas caldeiras, mas o processo foi arquivado pela Prefeitura do Campus em abril de 2009. À época, a Prefeitura procurou a diretora do RU, Cristane Costa, e disse que seria necessário fazer outro projeto, já que o inicial pedia uma caldeira elétrica, que consome muita energia. Isso porém, não foi oficializado, o arquivamento só foi informado em junho deste ano.
A caldeira serve para produzir o vapor utilizado no cozimento dos alimentos e na higienização de pratos, copos e talheres. O aparelho fica em uma instalação ao lado do prédio do RU por questões de segurança. De lá, o vapor é transportado por uma tubulação, passa pelas panelas e pelas câmaras de higienização e, depois de condensado, retorna para a caldeira, formando um circuito fechado.
Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.
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